terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Educação sem fronteiras

Em Uberlândia uma Escola se destaca na prática da educação sem fronteiras. É o Inei, instituição dirigida pela educadora Consuelo de Mello Franco.
Mas o que vem a ser a Educação sem Fronteiras? Seria mais um projeto pedagógico, desses que prometem verdadeiras revoluções no ensino? Não. Na minha visão, trata-se de um projeto de cidadania universal. Um projeto que faz do diálogo entre línguas ponte para o diálogo entre culturas.
Pensemos em um cenário no qual uma criança brasileira se corresponda, por carta ou por qualquer outro dentre os muitos canais de comunicação existentes hoje, com uma criança estrangeira, e entre elas tenha início um diálogo, que daqui a pouco vira amizade e mais tarde acaba em intercâmbio de conhecimentos, de costumes e valores culturais. Dá para imaginar tudo o que de bom pode vingar daí?
A expressão ‘cidadão do mundo’, que até há bem pouco tempo servia para caracterizar aquela pessoa ‘viajada’, com horas e horas de estrada e ponte aérea, agora vem caracterizar o cidadão sem fronteiras, pertencente a uma nova geração que vem para governar os destinos do mundo. Uma geração educada para respeitar o vizinho, seja o da casa ao lado ou o do país ao lado. Uma geração educada para respeitar quem tem ideias contrárias às suas. Uma geração educada para ser solidária. Uma geração preparada para utilizar com sabedoria os recursos naturais do planeta. Uma geração acostumada ao diálogo entre línguas, entre culturas e por isso mesmo cada vez mais liberta dos ‘ismos’ separatistas. Em síntese, o cidadão sem fronteiras não será estrangeiro em terra alguma porque sua pátria será o mundo.
Mais uma vez estaríamos falando de utopia? Anos atrás, talvez tudo isso não passasse de um sonho muito distante, inatingível, mas hoje o mundo não é mais tão grande, tão diverso, e conquistá-lo tornou-se um sonho bem real.
Parabéns à educadora Consuelo de Mello Franco por seu empenho em intensificar na nossa cidade uma prática de ensino de tal magnitude.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mais amador impossível

É duro ligar o rádio para ouvir jogo do Uberlândia Esporte Clube e ter que aturar uns caras amadores ao extremo e que só sabem “meter o pau” no time. Domingo agora foi até engraçado. O locutor da Rádio Globo Cultura descia a lenha no time, o time foi lá e empatou. Ele descia a lenha no time, o time foi lá e virou o jogo. Ele continuou descendo a lenha e assim foi até o final do jogo, apesar da vitória por 4 a 1. De “mulambo” pra cima o cara qualificou o técnico do Uberlândia, quando o time perdia por 1 a 0. E foi além, dizendo que no Uberlândia quem manda é a “panelinha de Santa Catarina”. É uma pena ouvir um “profissional” agir de forma tão amadora. O técnico do Uberlândia Esporte Clube ainda não pôde contar com todo o elenco e ainda não teve tempo suficiente para definir o melhor esquema tático para o time por conta da contusão e da falta de ritmo de jogadores importantes e da ausência de outros que não conseguiram liberação na CBF. Portanto, julgá-lo agora seria no mínimo irresponsabilidade. Será que já não basta ter que aturar a voz chata do cara, que narra mal pra burro, troca nomes dos jogadores o tempo todo, atropela o comentarista e os repórteres de campo? Camargo Neto, esse sim, profissional de verdade e que entende de futebol, vem dizendo em sua coluna e na TV que o técnico é bom e só precisa de tempo para acertar melhor o time. Cá pra nós, essa é a opinião que vale, e não a desses ‘barangas’ amadores que se dizem integrantes da imprensa esportiva de Uberlândia.

Outra tragédia é ter que aturar a politicagem nos intervalos dos jogos com entrevistas de vereadores e autoridades públicas. Já disse isso aqui e volto a dizer, tem muita gente fazendo do esporte em Uberlândia palanque para autopromoção e propaganda fora do período eleitoral. Esses políticos oportunistas o tal locutor não critica. Por que será, hein?