Tributo ao Gordo.
Pense num desses caras que quando você chega na casa dele, ele não sabe o que faz com você, no sentido de tudo fazer para que você se sinta a pessoa mais importante do mundo. Pois eu conheci um sujeito assim: o Gordo.
Gordo era desses caras que se não existissem deveriam ser inventados: afável, coração boníssimo, humano, simpatia pura. Um desses caras que quando você está com ele não faz diferença ser preto, branco, rico, pobre, analfabeto, letrado, bonito, feio, certinho ou nem tanto. Um cara absolutamente livre dessas frescuras todas que muitas vezes faz da gente gente besta, imatura. É, a gente tem vergonha dessas coisas quando está diante de caras como o Gordo.
Infelizmente para nós o Gordo nos deixou. “Partiu muito antes do combinado”, como diria Rolando Boldrin. Mas quem o conheceu teve a oportunidade de aprender alguma coisa com ele.
Da minha parte, tudo que posso dizer é: Valeu, cara. Quando meu filho crescer e passar a entender das coisas, vou dizer a ele que tive a honra de conhecer um cara chamado Gordo. Um desses caras que vêm ao mundo para nos fazer sentir que a vida, apesar de todas as dificuldades, é uma experiência que vale a pena. Ruim para nós vê-lo partir. Bom para o céu que ganha mais uma flor.