quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Alto lá!

Dou começo nessa prosa
E não sei onde vai dar
Mas diante de certas coisas
Calado não posso ficar.

Tô sabendo que na internet
Tem uma comunidade
De gente besta e metida
Fazendo chacota sem graça
Do nobre povo do Nordeste.

Não faz muito tempo
Tive que escutar
Da tela da TV um tal
De Boris Casoy falar
Que no Nordeste só tem ignorante
Que o conhecimento não chega lá.

Então nem um pouco me admira
Que uns 'fedelho metido a besta'
Pegando carona nessa mentira
Saiam por aí a difamar
O nobre povo do Nordeste
Que cedo aprendi a respeitar.

Mas o que quer essa gente
Que se diz superior,
Letrada e sabida,
Só por ser do Sul e Sudeste
Ao chamar de lixo
E tudo que não presta
O nobre povo do Nordeste?

Por certo essa meninada
Que vive na internet
Desfilando preconceito
Deve de ter visto na TV
Um cara que não vale nada,
Mas tem diploma de apresentador,
Bater no peito e dizer que os índios
‘São tudo selvagem’
E que melhor seria se desaparecessem
Para o bem dos ‘caras pálidas’, letrados
E sabidos, construtores do progresso.

Por certo essa meninada
Que muito pouco sabe da vida
Deve de ter visto um tal embaixador
Que uma certa TV quis transformar em mártir
Ficar famoso por dizer ao sofrido povo da África
Que os bondosos povos da Europa e dos ‘States’
Iam sua dívida externa perdoar
Como se dívida o destruído povo africano
Tivesse com essa gente que nada mais fez
Que seu país destroçar
E seus negros fortes e sadios
Assassinarem no mar.

A essa meninada
Que se diz letrada, inteligente e sabida
Vai um conselho de amigo:
Antes de sair pela internet fazendo cagada
Saibam que diploma, estudo e inteligência
Sem respeito pelos outros não vale nada.

De tudo que quero dizer
Uma só verdade resta:
Em terra onde não
Há sabedoria
Da semente lançada ao chão,
Isso o povo antigo dizia,
Só brota o que não presta.
Alto lá, então!






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