sábado, 22 de outubro de 2011

Oficina Cultural, esperança abortada.

Quem conheceu a Oficina Cultural de Uberlândia em meados dos anos 90 por certo traz no coração e na alma um sentimento de perda misturado com lamentação. Lamentação por ver abortado um projeto que tinha tudo para ser o berço da efervescência artístico-cultural em Uberlândia. Ali era possível ao cidadão comum ter aulas de artesanato, dança, teatro, música, filosofia, artes plásticas, cinema, literatura e por aí vai. Ali artistas encontraram espaço para transmitir sua arte, seu conhecimento e para a exposição de seus trabalhos. Ali era o ponto de encontro de quem vinha a Uberlândia para participar do grandioso Festival de Dança do Triângulo, que naquela época tinha glamour, era um grande espetáculo, que pela primeira vez trazia aos palcos os grupos de dança da cidade. Como era bom estar ali naquele prédio histórico da pontinha da Rua Tiradentes, esquina com a praça Clarimundo Carneiro, e sentir toda a energia que dali emanava, fruto da efervescência cultural e artística. Eu que ajudei na redação e revisão de folhetos com ofertas de cursos gratuitos para a população ardia de orgulho por participar daquela profusão de arte e cultura. Infelizmente, como acontece sempre com coisas que estão dando certo, a política deu outro rumo para aquilo tudo, o projeto perdeu fôlego e hoje o que temos não é sequer sombra do que a Oficina Cultural foi um dia. Uma pena porque morria ali uma possibilidade real de ver algo significativo acontecer em Uberlândia nas artes e na cultura. Reitero: só quem viveu aquele momento tem uma real noção do que estou falando. 

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